Da série "Posts Atrasados" - 2 - Quando o Amor Rompe Paradigmas
Dois anos e cinco dias desde o nosso primeiro beijo. Não era uma sexta-feira tão feliz, e nas circunstâncias em que o sol se pôs, seria uma daquelas noites onde eu esperava que o milagre acontecesse aos poucos. No princípio, tudo era apenas um torpor e um vazio enorme, que eu tentava preencher balbuciando uma oração entre lágrimas. Não queria ir embora, não podia. Horas tensas se passaram até uma conversa iniciada aos poucos nos conduzir a um sorriso... depois, a risadas... como eu amo quando ele ri! É como se um jardim em tons de cinza voltasse a ter cor. Um jardim... o nosso jardim.
Estávamos ali, admirando a árvore cuja história ainda me emociona e as roseiras em flor. De repente, ele examinou uma rosa e a retirou cuidadosamente. Ele me deu aquela rosa. E eu, que detestava receber flores, me senti derreter como a neve na primavera. Me abriguei em seus braços e nos beijamos enquanto eu imaginava que o cinema nunca exibiu uma cena de amor tão simples e tão linda como aquela. Eu adorei receber essa rosa, e ele, que também não gostava de dar flores, se sentiu feliz por fazê-lo.
Nos amamos. Essa é a razão pela qual não podemos explicar nossa história. Aliás, a razão se torna apenas um detalhe no meio de tudo, de dúzias de (pré) conceitos que se estilhaçam todos os dias em nossa convivência...
Nos amamos. Essa é a razão pela qual não podemos explicar nossa história. Aliás, a razão se torna apenas um detalhe no meio de tudo, de dúzias de (pré) conceitos que se estilhaçam todos os dias em nossa convivência...