Lado K

Aquele lado do Karamba, do Kct e "K"etc., que assim como vocês, eu também tenho.

sábado, dezembro 31, 2005

Considerações Finais de 2005

Venho a público expressar minha imensa satisfação pelo ano de 2005. Vi e vivenciei as mais diversas situações, que me renderam fortes emoções e experiências que lembrarei para o resto de minha vida. Desde o amor até a morte, os fatos que se desenrolaram diante dos meus olhos só me remetem à uma atitude: agradecimento. Vejo 2005 ir embora com uma ponta de pesar, mas não podemos parar o tempo... Recebo 2006 de braços abertos, esperando que o que vivenciei neste ano seja uma apenas uma introdução do que está por vir... Feliz Ano Novo!

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Sobre as Guerras

Pai: Filha, você está assistindo um desses filmes de violência?
Filha: Não, pai. É a realidade...
Consta na Revista Newsweek desta semana a lista de sucessos e decepções do cinema em 2005. O filme Cruzada encontra-se na segunda lista, o que pessoalmente discordo por ser um filme épico, por ter o Orlando Bloom como protagonista e pelo detalhismo do diretor Ridley Scott. É bem verdade o final da produção não foi muito satisfatório, mas faz parte... Bem, talvez os elogios às Crônicas de Nárnia me consolem.
Voltemos ao Cruzada e ao nosso tema. Gosto muito de História, talvez por ter sido abençoada com ótimos professores, ou por tudo ser mesmo fascinante. Mas a verdade é que fatos históricos não se mudam, só se lamentam (ou celebram se for o caso). Seu estudo leva à reflexão e talvez à mudança, e isso é excelente. E esse filme me fez pensar.
A primeira cruzada foi convocada pelo papa Urbano II em 1095, levando centenas de pessoas a uma peregrinação em direção à Jerusalém para tirá-la do domínio turco otomano e instituir sobre ela um governo cristão, com a promessa de que assim se purificariam de seus pecados e alcançariam a salvação. O argumento de persuasão é que centenas de peregrinos cristãos eram brutalmente mortos ou escravizados no caminho para a Terra Santa. Em 1099 Jerusalém foi invadida, dez mil pessoas assassinadas (homens, mulheres e crianças) e em 1100 foi coroado um rei cristão. Mas o que poderia ser uma jornada religiosa rapidamente se transformou em um jogo de interesses por terras, títulos de nobreza, poder, dinheiro e muito sangue. E assim chegamos à época relatada no filme de Ridley Scott, com a sucessão do trono cristão do rei Baldwin IV em jogo e o rei Saladino na iminência de recuperar o domínio muçulmano em Jerusalém.
Não contarei o filme, mas uma das minhas reflexões sobre ele. Percebi o domínio ideológico imposto por uma Igreja já corrompida, onde a voz papal era incontestável por pura falta de conhecimento da literatura sagrada, onde se mostra um Cristo humilde, misericordioso e pacífico. Então porque as guerras em nome da fé? Jesus disse uma vez que se alguém nos bater em um lado da face, devemos deixar que nos batam do outro lado também. Disse e também deu o exemplo: foi preso, torturado e morto sem reclamar. Ele é o Filho de Deus e Rei por excelência, mas não se vendeu aos poderes terrenos. Ora, se Jerusalém estava sob um governo indesejado, que os cristãos os deixassem por lá, afinal, o próprio Cristo também disse que Seu reino não é deste mundo. Se a vontade de Deus fosse Jerusalém ser dada a um rei cristão, não precisaria ser necessariamente através de uma guerra. Então que fosse negociada a entrada dos peregrinos e que as políticas fossem deixadas de lado. Os papas e seus conselheiros não estavam lá de armas em punho, arriscando a vida para tomar a Cidade Santa, assim como os Srs. George W. Bush e Tony Blair também não estão no Iraque de uniformes camuflados e metralhadoras nas mãos para tentar impor ordem ao território. Engraçado como é fácil expor outros a riscos e assistir à sombra o mundo pegar fogo. São atitudes como estas que geram em dezenas de Balians de Ibelin o conflito existencial por partir em busca de algo que nem se sabe se realmente vão encontrar: a paz, a liberdade e a esperança de retornarem vivos para casa.
Oitocentos anos depois, a paz em Jerusalém continua incerta, e as vidas ceifadas nas guerras, perdidas para sempre. Cristo ainda reinará sobre Israel e a grande maioria dos conflitos do mundo é desnecessária, mas que difícil é para os humanos enxergarem isso! O dinheiro, o poder e a fama falam mais alto e pouco a pouco vemos a humanidade e o planeta sucumbir numa avalanche de descontrole e disputa de interesses. Mas deixem os poderosos cavalgarem em sua soberba. Parece que vejo se repetir a história contada por Jesus, onde um homem rico se gaba de suas conquistas e de repente ouve-se a voz de Deus dizendo: “Louco, hoje à noite pedirão a tua alma, e o que tens, para quem será?”. Que assim seja...

terça-feira, dezembro 20, 2005

Expressions...

Em 30 de junho, alguém* escrevia:

CONSIDERAÇÃ0 FINAL DO MÊS DE JUNHO
"Oi Re...
Tudo bem com você? Bom, terminaram minhas aulas, meu exame e td o q eu tinha de fazer na facul. Agora, um mês de férias. Bom ou ruim, não sei.

Eu e o ******* não temos desculpas para nos encontrar nas próximas 30 noites... ele até tem, mas eu não! Estamos tão perto todos os dias mas apenas como coleguinhas (...)... não sei quando a gente vai aproveitar de novo alguns instantes a sós!
O perfume dele ta aqui misturado com o meu, na minha roupa, na minha pele... eu não sei se ele faz o que faz pra me impressionar ou se ele quer mesmo me prender a ele... que homem é esse, Re?
Hoje eu tô até meio desorientada, maldito tempo que passa e acaba com os nossos melhores momentos! Foi uma merda voltar pra casa sozinha...
Abraço,

******"

Moral da História: "O amor não tem hora pra chegar, mas quando acontece, é pra valer..."
(*nomes e trechos ocultos para preservar identidades...)

terça-feira, dezembro 06, 2005

Amigos...

Talvez em outra circunstância eu seja incapaz de dizer isso. Ou porque não possa, ou porque tenha de me comportar de determinada forma ou porque isso possa gerar uma enorme polêmica. Mas já que não tenho do que me esconder, acho que é momento propício para confissões.
A verdade é que eu amo os meus amigos. E sou feliz porque as coisas são assim, porque eu sorrio, eu me revolto, eu paro para refletir. Muito embora o infame cupido Eros já tenha me cutucado querendo que eu me apaixone por algum deles, o que eu sinto é algo mais forte, mais cego que uma paixão qualquer. É aquele impulso de as vezes até gastar grana, de fazer sacrifício, de tentar ajudar a criatura e se sentir no dever de fazer isso, afinal, é um amigo que precisa. É se sentir mais feliz do que ele ao ver seu sorriso aliviado, é se sentir mais agradecida ao ouvir um “obrigado” (magina, quem agradece sou eu!), é torcer para tudo dar certo e compartilhar a felicidade ao vibrar com a vitória. É acordar sorrindo do sonho engraçado e dormir feliz por sentir num abraço o carinho da amizade. É o prazer de dar e receber conselhos, de filosofar sobre a vida, de tentar causar algum estrago juntos. É sentir uma pontinha de ciúme, é a vontade de entrar em contato pra não dizer nada ou simplesmente pra “encher o saco”. Mas não enche não, é tanto assunto que aparece pra se conversar, tantas recordações boas...
Mas o tempo passa. E eu me arrepio de medo de perder essas criaturas de vista. Talvez as responsabilidades da vida um dia me coloquem à distância e me tirem o tempo de estar perto deles. Mas não quero pensar nisso agora, não quero sofrer por antecipação... Só quero viver o hoje e agradecer a existência de pessoas tão maravilhosas ao meu redor. Amigo é tudo de bom!