Lado K

Aquele lado do Karamba, do Kct e "K"etc., que assim como vocês, eu também tenho.

domingo, janeiro 28, 2007

>> Amante Por Acidente << Parte 04 - A Hora da Verdade

As coisas pareciam ir bem, mas no sábado seguinte eu me senti realmente depressiva. Talvez fosse a TPM, talvez fosse o fato de me sentir traída. No meio da tarde, ele liga pra contar um gracejo. Sorri, é claro, e conversei normalmente. Mas dali a uns 10 dias aquela história acabaria e eu não precisaria ser tão cínica como eu imaginava que ele também fosse. Enfim, ele nem me disse que iria a essa festa... Será que ele não queria que eu fosse? Sei lá, mas naquele final de semana não era mesmo pra gente se ver. No dia seguinte houve uma festa de rua, mas não combinamos de ir junto. Eu sabia que ele estaria lá mas não sabia a hora. Fui no horário em que eu estava livre e quando cheguei lá, ele já tinha ido embora. Ora, eu tinha mesmo de reaprender a ser feliz sozinha.
Os dias passaram e eu fui levando a vida normalmente. Beijos, carícias e sorrisos eram a nossa rotina, mas no fundo eu preparava a minha despedida, até que chegou o dia.
Era uma quarta feira comum, quando a gente se via e depois ele me levava à faculdade. Depois de alguns beijos, resolvi que era a hora de falar. Pedi mais um minuto e comecei. Disse que a gente estava saindo e tal, mas algo no relacionamento estava me incomodando e se as coisas continuassem daquele jeito, eu preferia que a gente se separasse, pois eu estava buscando exclusividade. Ele replicou dizendo que eu era exclusiva, e então eu ataquei: "Não, eu não sou exclusiva. Você ainda sai com a sua ex." Ele acabou assumindo, dizendo que isso já fazia tempo e que agora tinha terminado. Então eu dei o golpe final, perguntando com quem ele estava no tal dia e hora, uns quinze dias antes. Ele me olhou espantado, mal acreditando no que eu dissera. "Quem te contou? Como você soube?" Eu apenas sorri e disse "Não preciso perguntar pra saber... não vou revelar este segredo!" E daí, ele teve de se explicar.
Não sei explicar o motivo como as coisas terminaram daquele jeito. Ele se justificou assumindo seu erro, mas jurando de pés juntos que o caso com a ex estava encerrado definitivamente. Acrescentou que a gente estava começando a se conhecer, e que talvez fosse cedo para tomar alguma decisão. Então, perguntou se eu tinha mesmo certeza de que queria terminar. Parei, tentei refletir mas tudo o que saiu da minha boca foi um "não, neste caso não." Ele sorriu satisfeito, me abraçou e me beijou. Tudo o que eu fiz acabara de ir por água abaixo, e eu me arrependia de não tê-lo mandado às favas. Tive raiva de mim mesma, mas enfim, a vida ainda continuava... com ele.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

>> Amante Por Acidente << Parte 03 - Sacanagem

Afinal, qual era a verdade? Eu pensava, conversava com o meu amigo conselheiro que dizia que o meu relacionamento era completamente sem futuro. Eu discordava, mas percebia que a situação não era mesmo muito favorável. Mesmo se a ex-namorada não incomodasse, ainda havia muito o que ser ajustado. E eu ia tirando minhas próprias conclusões.Qualquer uma das minhas teses faziam sentido para explicar minha situação, embora algumas fossem mais reais que outras. Eu pensava que...
Enquanto isso, ele continuava com o mesmo interesse que me dividia. Era carinhoso, atencioso e às vezes trazia chocolates como no tempo da amizade. Nos víamos quase todas as noites, e quando não dava tempo, ele ligava. Eu já não conseguia me sentir tão única quanto antes, mas procurei minimizar o fato e dias depois eu já me sentia muito bem. Cheguei até a assumir para uma amiga que eu gostava do rapaz e esperava que ele fosse definitivamente meu. No final de semana seguinte, em meio ainda à dúvida, senti uma lágrima rolar no meu rosto. Se era para ser alguma coisa séria, por que isso não ocorria logo? Saí sozinha, tentei me divertir mas faltava algo.
E não demorou muito tempo para que eu soubesse o que ele fazia em algumas noites durante a semana. Era uma terça feira quando descobri, não me perguntem como, que ele havia saido com a "ex" namorada na noite anterior. A tarefa mais difícil daquela noite foi beijá-lo como se nada tivesse acontecido. Eu precisava ficar só, refletir. Sabia o que eu precisava fazer, mas eu precisava planejar tudo, e ir me desligando aos poucos. Eu iria continuar com ele mais alguns dias, ainda que fosse só de sacanagem.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Náuseas

Quando eu ia ao cinema com o meu (ex)namorado, o cheiro da pipoca me enjoava.
Eu segurava sua mão e tapava o nariz enquanto passava pelo saguão em direção às catracas e todos me olhavam estranhando.
Eu ia meio nervosa por tão boa companhia, então o coração palpitava e o estômago embrulhava.
Enfim, o tempo passou, o namoro acabou e eu continuei indo ao cinema com outras companhias...
Fui me acostumando com o cheiro...
Até cheguei a comer um sacão de pipocas!
Engraçado...
Acho então que agora eu descobri...
Talvez fosse um sinal de que havia algo errado...
O que me enjoava não era a pipoca...
Acho que era o namorado.