.:: TUDO ACONTECE EM RUNAWAYTOWN ::. Capítulo 2 - Esquecendo Jim
Três dias depois. Jim não ligara, não mandara e-mail e nem deixara recado na secretaria eletrônica. Contatei então sua irmã mais velha, Juliette, que estranhou quando perguntei pelo rapaz. “Na verdade ele partiu sem muitas explicações”, ela disse, “Até pensei que você soubesse mais sobre ele”. A moça me prometeu então que na próxima vez que se falassem, ela pediria para que ele me ligasse.
Uma semana depois e Jim não deu sinal de vida, até que um dia, pela manhã, acessei a secretaria eletrônica do meu telefone de Nashville. Havia um recado de Jim, que dizia: “Oi querida, obrigada por perguntar a Juliette por mim. Eu estou bem... Tchau!”. Fiquei furiosa. Pior do que não ligar, era deixar um recado daquele. Jim é um cara excêntrico, mas dessa vez ele foi egoísta. A mensagem da secretária eletrônica fornecia o meu número em Los Angeles e, portanto, Jim não me ligou porque não quis. E eu também não ia correr atrás dele. Melissa me ouviu esbravejar, sem dizer nada. Pensei que talvez ela nem tivesse mesmo o que dizer, mas quando corri para o quarto e me joguei na cama, as lágrimas já escorrendo pelo rosto, Melissa entrou logo atrás e sentou-se ao meu lado. Alguns instantes depois ela disse:
- Criança, se o Jim não quisesse mais ficar com você, porque ele não te falaria? Vocês sempre foram tão sinceros com relação a isso... E você sabe, os homens são mesmo complicados principalmente quanto a relacionamentos. Eles às vezes preferem sofrer sozinhos e não dizer nada a ninguém. E é importante considerar que ele passou uma boa parte da infância em Kentucky, e agora perdeu o avô...
- Não existem só os avós de Jim em Kentucky! – resmunguei.
- Ei... Você acha que ele foi lá para te trocar por outra? Ora Krystal, você nunca se mostrou ser ciumenta, pensei que confiasse o bastante nele...
- Mas eu sempre confiei!
- Não adianta você ter confiado por sua vida inteira e na primeira vez que o vê longe e sozinho com seus botões começa a pensar coisas. E se ele estiver mesmo com outra, o que você vai fazer? Nada, não é? Você mesma diz que se deve respeitar as escolhas de cada pessoa. Eu sinceramente não acredito em traição e não quero que pense nisso também, aliás, não foi para isso que você veio para cá. Vá se divertir que é melhor.
Melissa me deixou só e foi limpar a cozinha. “Ela deve estar com a razão”, pensei. Permaneci deitada por algum tempo, mas logo levantei e saí. Aluguei uma scooter, comprei o cd inspiracional de “As Crônicas de Narnia” e o último cd da minha banda favorita, Petra. Se houvesse outra coisa que eu quisesse muito, também compraria só para esquecer o Jim. Mal comi na hora do almoço e passei o resto da tarde ouvindo música, mas foi uma boa terapia.
No dia seguinte, uma leve brisa entrava pela janela entreaberta e balançava levemente as cortinas enquanto eu ajudava Melissa a preparar o almoço até que o telefone tocou. Era Vanessa Paradis. Ficou sabendo por Mark que eu estava na cidade, e ligara para conversar. Lamentou por eu estar triste com Jim e contou que deixara os filhos em Nova York com uma tia e fora para LA em razão dos compromissos de Johnny. Quando conversamos sobre música e nossos trabalhos, nada foi dito sobre o senhor Blanchard, mas ela afirmou sempre ter meu cd por perto. Ao final da conversa, ela me fez um convite, que aceitei prontamente:
- Venha jantar com a gente amanhã. Volta e meia tem algum amigo de Johnny por aqui, mas não há nenhum problema com isso. Vai ser um prazer recebê-la, e pode trazer Melissa se quiser.
Assim, eu teria um programa diferente na sexta-feira à noite. Melissa se recusou a ir comigo, dizendo que sua timidez a faria passar vergonha na frente dos Depp. Bem, ela teria que começar a se acostumar com os meus amigos famosos, mas resolvi deixá-la à vontade. E ela insistiu em dizer não.
Uma semana depois e Jim não deu sinal de vida, até que um dia, pela manhã, acessei a secretaria eletrônica do meu telefone de Nashville. Havia um recado de Jim, que dizia: “Oi querida, obrigada por perguntar a Juliette por mim. Eu estou bem... Tchau!”. Fiquei furiosa. Pior do que não ligar, era deixar um recado daquele. Jim é um cara excêntrico, mas dessa vez ele foi egoísta. A mensagem da secretária eletrônica fornecia o meu número em Los Angeles e, portanto, Jim não me ligou porque não quis. E eu também não ia correr atrás dele. Melissa me ouviu esbravejar, sem dizer nada. Pensei que talvez ela nem tivesse mesmo o que dizer, mas quando corri para o quarto e me joguei na cama, as lágrimas já escorrendo pelo rosto, Melissa entrou logo atrás e sentou-se ao meu lado. Alguns instantes depois ela disse:
- Criança, se o Jim não quisesse mais ficar com você, porque ele não te falaria? Vocês sempre foram tão sinceros com relação a isso... E você sabe, os homens são mesmo complicados principalmente quanto a relacionamentos. Eles às vezes preferem sofrer sozinhos e não dizer nada a ninguém. E é importante considerar que ele passou uma boa parte da infância em Kentucky, e agora perdeu o avô...
- Não existem só os avós de Jim em Kentucky! – resmunguei.
- Ei... Você acha que ele foi lá para te trocar por outra? Ora Krystal, você nunca se mostrou ser ciumenta, pensei que confiasse o bastante nele...
- Mas eu sempre confiei!
- Não adianta você ter confiado por sua vida inteira e na primeira vez que o vê longe e sozinho com seus botões começa a pensar coisas. E se ele estiver mesmo com outra, o que você vai fazer? Nada, não é? Você mesma diz que se deve respeitar as escolhas de cada pessoa. Eu sinceramente não acredito em traição e não quero que pense nisso também, aliás, não foi para isso que você veio para cá. Vá se divertir que é melhor.
Melissa me deixou só e foi limpar a cozinha. “Ela deve estar com a razão”, pensei. Permaneci deitada por algum tempo, mas logo levantei e saí. Aluguei uma scooter, comprei o cd inspiracional de “As Crônicas de Narnia” e o último cd da minha banda favorita, Petra. Se houvesse outra coisa que eu quisesse muito, também compraria só para esquecer o Jim. Mal comi na hora do almoço e passei o resto da tarde ouvindo música, mas foi uma boa terapia.
No dia seguinte, uma leve brisa entrava pela janela entreaberta e balançava levemente as cortinas enquanto eu ajudava Melissa a preparar o almoço até que o telefone tocou. Era Vanessa Paradis. Ficou sabendo por Mark que eu estava na cidade, e ligara para conversar. Lamentou por eu estar triste com Jim e contou que deixara os filhos em Nova York com uma tia e fora para LA em razão dos compromissos de Johnny. Quando conversamos sobre música e nossos trabalhos, nada foi dito sobre o senhor Blanchard, mas ela afirmou sempre ter meu cd por perto. Ao final da conversa, ela me fez um convite, que aceitei prontamente:
- Venha jantar com a gente amanhã. Volta e meia tem algum amigo de Johnny por aqui, mas não há nenhum problema com isso. Vai ser um prazer recebê-la, e pode trazer Melissa se quiser.
Assim, eu teria um programa diferente na sexta-feira à noite. Melissa se recusou a ir comigo, dizendo que sua timidez a faria passar vergonha na frente dos Depp. Bem, ela teria que começar a se acostumar com os meus amigos famosos, mas resolvi deixá-la à vontade. E ela insistiu em dizer não.