Lado K

Aquele lado do Karamba, do Kct e "K"etc., que assim como vocês, eu também tenho.

terça-feira, agosto 30, 2005

Bebês Mimados

Estava observando meu chefe em um de seus momentos de impaciência, com fome e querendo que o almoço chegasse no mesmo instante em que foi encomendado. Algo similar a minha priminha de dois anos, esta em suas atitudes típicas de criança, mas aquele, condicionado pelas regalias as quais está habituado a trabalhar. Seria mais cômico se minha reflexão encerrasse por aqui, mas de repente algo me disse que eu também me encaixaria nesse perfil. Confesso que a reflexão se tornou mais interessante, pois comecei buscar dentro de mim a justificativa ao me perguntar quando agi desta forma. Aí a luz do meu abajur acendeu, e não precisei pensar muito: lembrei-me entre outras coisas de quando rejeitei minha nova comunidade, choraminguei dizendo estar só, me chateei com meu amigo porque ele não me ligou na hora que eu precisei (como se ele tivesse o dever). A grande bebezona querendo as coisas a seu modo, tudo de bom e agora.
Me distraí e esqueci de descer do ônibus para pegar aquele outro que passa na frente de casa, mas a reflexão está boa. Lembro quando quero mentalizar que daqui a duas horas poderei ser transportada para Nashville onde meu apartamento e meu emprego na Forefront Records estarão garantidos, ou pra não sonhar tão alto, pode ser uma super casa equipada em Campos do Jordão, uma chocolateria próspera e 310 dias de frio por ano. Ah, e um namorado maravilhoso. Hello, Deus, tá anotando né? É bom mesmo.
Egoísta, egoísta, mil vezes egoísta!! Uma coisinha mimada querendo ser o centro das atenções em meio aos mais de 6 bilhões de alunos da escola da vida, que falta de socialização! Bendito seja Deus, bom Pai e Mestre, Ser paciente que nunca pegou uma vara de marmelo pra sapecar minhas canelas embora eu merecesse!! Mas pelo contrário... Ele me fez entender cada um de meus questionamentos.
Aproveito a última oportunidade para trocar de ônibus e não andar alguns quarteirões a pé. Me arrependo... as vezes choro de barriga cheia quando deveria ter mais compreensão e esperar... Me perdoe Pai, pode me beliscar quando eu surtar e passar dos limites. E não esqueça de aumentar minha sensibilidade para sentir a dor do meu próximo e entendê-lo... mas quando eu precisar, de verdade, não me deixe sozinha, please...

sábado, agosto 13, 2005

Teus Beijos...

Hoje, mexendo numa gaveta, achei um papel escrito há algum tempo atrás, ano passado, sei lá, esqueci de colocar a data. Eu gosto do que escrevo, mesmo que pareça meio infantil às vezes como este poema. Mas não acho que devo escrever apenas o que vivo agora, uma coisa mais adulta, aliás, este blog NÃO é um diário. Imagino neste post uma garota em seus 15 ou 16 anos, completamente apaixonada... empresto meu feeling a este coração, eis a seguir o resultado.

Se os teus beijos resolvessem todos os meus problemas,
Certamente aceitaria todos os desafios para tê-los;
Me sujeitaria a duras penas,
E não acharia dificil enfrentá-las.
Nao veria problemas
Em ser condenada como uma herege,
Ou ser motivo de escárnio
Por minhas piores loucuras.
Mas teus lábios sao apenas
O objeto do meu desejo de adolescente:
Singelo como uma flor,
Mas devastador como uma tempestade.
E te confessar tudo isso
Sentindo meu coração descompassado
E um fogo a percorrer minhas veias
É o maior sacrifício que faço...
Sem nenhum arrependimento.
Pois poucas coisas no mundo me fariam tão bem
Quanto se você me abraçasse
E me envolvesse com o encanto dos teus beijos.

sexta-feira, agosto 05, 2005

Crônica de Angústia Amorosa I

Meu mundo parece diminuir em cada atitude minha listada abaixo:
1. Em cada instante o procuro;
2. Em cada esquina espero vê-lo;
3. Em cada perfume, reconhecê-lo;
4. Em cada vulto tento distinguí-lo;
5. Em cada voz anseio ouví-lo;
6. Em cada chamada quero seu telefonema;
7. Em cada hora espero sua chegada;
8. Em cada minuto espero algum sinal seu;
9. Em todo sonho aguardo sua aparição...
Vivo como minha própria vítima e ao mesmo tempo como vilã
E sinto minha guerra particular se agravar
A cada dia que desejo tocar os lábios de alguém que eu não queria
E ter buscado em seus braços algo que não precisava;
Mas minha insana vida parece necessitar de tais loucuras
Para esboçar seu rascunho de um homem perfeito
Para me perturbar a cada noite com suas exigências
E a cada dia com uma frustrada insatisfação
Sentimento que me faz buscar fronteiras
Para cruzá-las e não voltar atrás
Talvez meu lugar seja outro mesmo...
Mas talvez meu anjo sem asas não exista
Ou esteja em minha frente e eu não o esteja reconhecendo
Talvez isso tudo seja um delírio
Mais uma conjetura absurda da minha cabeça
Razão de minha insegurança contida
Em cada olhar de desespero solitário
Se ele me espera, se ele se importa... não sei...
Não sei se acredito mais... nele, em mim, em todo mundo...
Terá isso um fim?
Será que há um fim?
Ou é este apenas o começo?
O começo de quê?
Aguardo cenas dos próximos capítulos...
Dessa novela de realidade.


(No dia que eu escrevi esse poema, eu estava me sentindo tão pequena... agora, acabei de reler tudo isso... e tô achando engraçado... Io non eczisto mesmo...)